Lá em cima o menino sobe o rio
Que procura equilíbrio como um malabarista
Manuzeando uma canoa que de longe some na vista
Lá em cima o menino ja pena
Jogando a rede que tanto o sustenta.
No outro dia o menino retorna
Com uma esperança demais remota
Que o que venha em sua rede, não se torne conto, nem lorota
Pois o menino ja está cansado de sonhar
Ele quer pescar, e quer que a sua canoa chegue a virar
Com tanto alimento, que sua mesa se torna farta
Por isso ele pede, não mate a comida que ele tanto vai buscar
Pois seu maior sacrifício não é o de ir, nem de voltar
Mas o de chegar e não ter nada a dar
Sua barriga grita, pode matar
Se seu sustento a sua mesa chegar
Por isso o menino pede
Não mate o alimento que eu tanto anseio buscar
Todo dia, toda hora
Ele enche a minha mesa, ele fortalece a minha volta, ao mesmo lugar.
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