quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Não tenho culpa...


Gosto de tudo que é proibido, que parece impossível, que ninguém quer, ou o que todos querem tudo que tem um gostinho de anormalidade...
Gosto de sentir aquele medo, que dá ânsia e muitas vezes dor de barriga, aquele frio, sabe? Todos nós sentimos medo, de tudo e/ou de todos.
Isso sempre acontece quando me apaixono [fato], e quando me entrego, sem eira nem beira, mesmo todos me alertando, olho pra baixo e me jogo de cabeça... Esperando dar de cara com o medo, a espera de ter surpresas favoráveis, ou não, mas o que eu quero mesmo é sentir o perigo em minhas mãos, e conseguir sair ilesa dos fatos. Adoro essas coisas.
Mas agora eu penso, justamente nisso, e é isso que mata...
A gente amadurece e as duvidas aparecem, isso é chato, odeio dúvidas. Pois agora eu fico aqui imaginando... ”pulo ou não pulo?”
Droga...
Eu quero crescer, mas acho que eu não quero perder essa minha fase de loucuras, impulsividade, intensidade, MEDO. Tudo ao meu redor, o que não me deixa cair na rotina, gente adulta sofre, por besteira mais sofre.
Acho que não quero crescer, quero ficar aqui com as minhas paixonites agudas, morrendo de tanta deprê depois de um término, conhecer todos os lugares quando estiver solteira, triplicar o circulo de amizade e principalmente morrer de medo de tudo, mas mesmo assim seguir em frente.
Isso me excita. Essa vida é contagiante, só não vive quem não quer, pois entre o nascer e o morrer, sempre da para tomar uns drinks e fazer umas besteiras.
Amo viver.


JéssicaN.

Um comentário:

  1. Jéssica, quando tinha a tua idade sentia-me exatamente assim. Daí, fiz um montão de coisa, mas um montão mesmo. De algumas tenho saudade, de outras tenho raiva; porém não me arrependo de absolutamente nada. Acho que foi por isso que fui fazer Filosofia (UFPA). Larguei tudo e recomecei a minha vida. Claro, não recomencei do zero porque isso não dá e também não teria graça. Entretanto, reinventei meu destino. E hoje estou aqui. Tenho 30 anos, mas não perdi esse medo, esse desejo, esse "pathos" e essa alegria de viver... Beijos.

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